Ir ao Mercado do Livramento é uma experiência para os sentidos. Os seis mil metros quadrados de área multiplicam-se em cores, cheiros e sabores diferentes.
A entrada é feita pela Avenida Luísa Todi. Lá dentro há uma espécie de microclima ritmado pelos pregões dos vendedores e pelo bate pé dos clientes na calçada.
São 132 bancas e 44 lojas que competem em qualidade. Se vai à procura de algum ingrediente, prepare-se para entrar numa espécie de “tour da frescura”. A variedade é tanta que não vai resistir a saltar de banca em banca à procura da escolha certa. Não se preocupe, compre onde comprar não vem desiludido. O Livramento é o segredo de muitos chefs da cidade (e arredores) e tem ajudado muito boa gente a brilhar em jantares ou almoços caseiros.
Cheira a flores, cheira a fruta, a verduras e legumes, mas também cheira a queijo de Azeitão e a pão rústico saído do forno. Mas este é um mercado de peixe. Aliás, foi por isso que o jornal americano USA Today o integrou na lista dos melhores do mundo, onde está, por exemplo, o de Tsukiji (Tóquio — Japão), conhecido pelo atum fresco, ou o nova-iorquino New Fulton Fish Market, famoso pelo peixe vermelho.
Voltando a Setúbal... tinha de cheirar a peixe. O Livramento cheira a mar e muito. De sotaque simpático e atrevido, as peixeiras e os peixeiros apresentam a sardinha vivinha, o carapau da costa e tantos, tantos outros.
Fundado em 1876, o edifício original foi demolido e substituído por um novo em 1930. O espaço foi remodelado em 2011, altura em que recebeu também quatro estátuas, alusivas às profissões do mercado, feitas pelo escultor Augusto Cid e oferecidas à autarquia pela Fundação Buehler-Brockhaus.
Com tanta coisa boa, é provável que a fome aperte. Coma uma bifana ou um bolo típico e dê mais uma volta! O mercado funciona todos os dias, menos à segunda-feira, das 07H00 às 14H00.